domingo, 6 de novembro de 2016

10. Ferramentas de trabalho colaborativo
   10.1. Características das ferramentas de trabalho colaborativo
   10.2. Vantagens associadas às ferramentas de trabalho colaborativo
   10.3. Tipos de ferramentas de trabalho colaborativo
   10.4. Exemplos de ferramentas de trabalho colaborativo

Fonte: ferramentas colaborativas computacionais-ferramentas usadas pelos docentes de FEUP-Faculdade de Engenharia/Universidade do Porto.
INTRODUÇÃO
Quando falamos de ferramentas colaborativas computacionais referimo-nos a aplicativos de apoio ao trabalho de grupo e à comunicação entre pessoas que partilham objectivos e tarefas em comum. Com estas ferramentas a presença física dos intervenientes não é obrigatória, pois, trata-se de uma interface para um ambiente partilhado por todos.
Ferramenta colaborativa: também conhecida como groupware, é uma plataforma que permite a realização de tarefas em grupo, independentemente da distância a que os elementos do grupo se encontram. Tem como vantagens, a facilidade de acesso e menos tempo na trocar dados ou informações.
Além disso, estas ferramentas são compostas por uma infra-estrutura robusta, tornando-se mais fiáveis, que muitas vezes permite a integração de outras ferramentas na própria. Isto é, permitem uma variedade enorme de operações através da integração de funcionalidades de outras ferramentas.
Tipo de ferramentas colaborativas computacionais-FCC
Existem inúmeros métodos de classificar as mais variadas FCC (Dix 1998). Entre elas:
Função – por exemplo: comunicação.
Sincronismo de tempo ou espaço (Baecker 1995).
Característica como:
o   Aplicativos partilhados – interacção ou manipulação de ficheiro/objecto por diferentes intervenientes (editores colaborativos);
o   Sistemas de apoio a decições (SADs);
o   Sistemas de apoio a reuniões;
o   Comunicação directa ou indirecta.
A necessidade de agrupar as várias ferramentas segundo o sincronismo, ou seja, sistemas onde os utilizadores têm de comunicar-se ao mesmo tempo, e a localização, i.e., sistemas que permitem ou não a ligação e comunicação em locais distintos e distantes.
Analisando as ferramentas, constata-se a complexidade de funcionalidades e potenciais:
·         Chat – conversação: salas de conversa online, que permite trocar opiniões, sentimentos e discussões com várias pessoas dessa rede em simultâneo. É um sistema que necessita que as pessoas estejam ligadas ao mesmo tempo, independentemente do local onde estejam.
·         Sistema de videoconferência: usado quando existe necessidade de realizar reuniões onde os intervenientes não estão presentes no mesmo espaço físico. Permite portanto, a transmissão ao vivo de imagem e som, com o auxílio de microfones e câmaras.
·         Correio electrónico: também conhecido por e-mail, basta uma ligação à Internet para a uma mensagem ser enviada para a caixa-de-correio (virtual) do destinatário, onde estará disponível para leitura, sem qualquer custo. Além disso, permite a anexação de ficheiros, categorizar a informação como prioritária ou mesmo enviar um aviso automático de que a mensagem foi lida. Trata-se assim de um sistema assíncrono, tal como o sistema convencional de cartas. O correio electrónico é uma das ferramentas colaborativas computacionais mais utilizadas mundialmente. (Moeckel 2003).
Fonte: ferramentas colaborativas computacionais-ferramentas usadas pelos docentes        de FEUP-Faculdade de Engenharia/Universidade do Porto. & Ferramentas de trabalho colaborativo-Digitalizar o terceiro (3º) sector, M. Saúde Inácio.

·         Fóruns de discussão: apesar de muito similar ao correio electrónico, as informações são registadas numa página Web (pública ou destinada a um determinado grupo), para assim todos os possíveis interessados terem acesso a elas, evitando que haja repetição de perguntas, respostas, entre outras interacções.
·         Wiki: Ferramenta colaborativa que permite a edição de documentos online, disponibilizados em páginas Web de acesso a grandes grupos de pessoas. Um exemplo muito famoso é a Wikipedia, uma enciclopédia onde todos os utilizadores podem adicionar, corrigir e remover excertos de texto, hiperligações, referências e entradas completas. É, por este modo, uma grande fonte de informação, porém não a mais fiável.
·         Moodle: Plataforma de e-learning, ou seja, onde se pode aprender através de um computador e ligação à Internet. Geralmente, trata-se de uma plataforma que disponibiliza conteúdos de disciplinas, onde se podem tirar dúvidas, submeter trabalhos para avaliação pelo docente, etc. Tudo isto de um modo simples, organizado, e facilmente acessível através de qualquer ponto do mundo.
·         Doodle: sistema que permite a sondagem dos tempos disponíveis que cada pessoa tem para ser agendada determinada reunião ou encontro. Particularmente útil em grupos muito grandes, onde se torna mais complicado encontrar uma data adequada a todos.
·         Whiteboards: Sistema de projecção de conteúdos contra um quadro branco. Para além desta funcionalidade, permite também o uso de “canetas” que simulam a escrita no quadro. Ou seja, é uma escrita virtual (num documento de computador) tal como se fosse escrito num quadro branco por uma caneta real.
·         Google Docs: É uma ferramenta colaborativa de edição de documentos, isto é, permite que todos os intervenientes opinem e alterem determinado documento disponibilizado pelo grupo de trabalho. É portanto, uma forma fácil de todos estarem a par do desenrolar de um relatório, apresentação, ou outro documento e poderem corrigi-lo em tempo útil, caso haja necessidade disso.
·         Servidores Web: um servidor dedicado para partilhar informações, com uma interface, normalmente uma página Web, que permite aos membros do projecto guardarem a informação que recolheram num “arquivo” comum, em que todos podem observar o progresso do trabalho.
·         Grupos: é um espaço de trabalho que permite na generalidade as seguintes funcionalidades:
o   Disponibilizar ficheiros; Editar páginas de informação; Gerir calendários; Comunicar por e-mail do grupo; Manter os membros informados automaticamente das actualizações ocorridas no espaço de trabalho.

(Contínua - To be continued)

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

9.4.3. Construção de documentos HTML
PEREIRA, Alexandre e POUPA, Carlos, “LINGUAGENS WEB”, Edições Sílabo, Lisboa-Portugal, 2013, páginas 23 "para frente".
O HTML é uma linguagem básica da WWW. A maioria dos documentos na Internet encontram-se escritas em HTML, daí a sua incontornável importância.
O HTML é uma linguagem de marcas: formata o documento utilizando marcas como <p>, </p>, <table>, <form> e outras cujo significado se explica pela forma que é aplicado.
 O código HTML tem uma estrutura predefinida que utiliza marcas como <html>, <head>, <title> e <body>. À parte algumas exceções, as marcas que abrem devem ser fechadas usando /. Assim, às marcas de abertura anteriores correspondem as marcas de fecho </html>, </head>, </title> e </body>.
 Os conteúdos HTML são colocados entre as marcas <body> e </body>.
Ex.: Código fonte 1.1 – Documento HTML simples
<html><head><title> Um título para o documento </title></head><body> Este é o seu primeiro documento feito em HTML. </body></html>
 O conteúdo inserido entre as marcas <title> aparece na barra de título do navegador. O conteúdo apresentado ao visitante no navegador é o que está entre as marcas <body>.
 Para criar ou editar páginas HTML, basta utilizar um editor de texto, e sempre guardar o ficheiro com a extensão .html ou .htm.

Trabalho prático de construção de documentos HTML, clique aqui para ver ou baixar.
9.4.1. Funcionamento da Web

O grande sucesso da Internet junto do grande público deveu-se à invenção da World Wide Web (WWW).
A WWW foi inventada no Centro Europeu para a Investigação Nuclear, o CERN, sedeado em Genebra por uma equipa chefiada por Tim Berners-Lee. O objectivo fundamental da equipa de investigação consistia em desenvolver um sistema que permitisse aos investigadores do CERN terem acesso a grandes e diversificados repositórios de informação contendo texto, imagens, vídeos, entre outro tipo de documentos, mas ocultando a complexidade da localização, tipo de informação e as especificidades da comunicação. Os utilizadores finais eram os investigadores do CERN que não queriam perder tempo com estes pormenores técnicos para se poderem concentrar no seu trabalho.
O sistema usa o paradigma cliente/servidor. Foi assim criado um sistema em que a informação à qual os cientistas queriam ter acesso estava distribuída por vários servidores e guardada num formato designado por HTML (HyperText Markup Language). Dolado do cliente era necessário dispor de um programa especial, a que actualmente designamos por browser, que contactava e trazia dos servidores a informação no formato HTML. Para concretizar a comunicação entre o browser e cada servidor foi desenvolvido um novo protocolo de comunicação, do nível aplicacional, designado por HTTP (HyperText Transfer
Protocol) que basicamente analisa o primeiro ficheiro trazido do servidor e vai buscar os diferentes objectos necessários para representar uma página Internet.
A partir do momento em que os documentos HTML são trazidos do servidor para o cliente, este torna-se autónomo e todas as operações se tornam locais do lado do cliente. Por exemplo, operações de alteração da dimensão da janela e de impressão, entre outras, só contemplam processamento no lado do computador cliente, não sobrecarregando nem o servidor nem os circuitos de comunicação.

9.4.2. Personal Web Server

Um "Personal Web Server" - servidor web pessoal ou apenas  servidor pessoal, permite aos usuários armazenar, seletivamente compartilhar ou publicar informações na web ou em uma rede doméstica. Ao contrário de outros tipos de servidores web, um servidor web pessoal é mantida e controlada por um indivíduo, e operado para as necessidades do indivíduo, em vez de por uma empresa. Ele pode ser implementado em maneiras diferentes:
• Como um aparelho;
• Como servidor de uso geral, parecido aos servidores Linux, que pode ser localizado na casa do proprietário ou em um centro dados;
• Em um modelo de hospedagem compartilhada, onde vários usuários compartilham um servidor físico por meio da virtualização, ou hospedagem virtual;
• Como uma função de um computador que esteja de outro modo, também usada para outros fins;
Vantagens
• Privacidade: como o servidor pessoal é de propriedade do indivíduo que deriva o principal benefício a partir dele, eles estão no controle de quem mais pode acessar informações no servidor;
• Autonomia: o proprietário do servidor pessoal decide quais aplicativos sejam executados no servidor, que para permitir o acesso, quando atualizar, etc.
• Hackability: o proprietário do servidor pessoal pode configurar e alterar qualquer aspecto do servidor pessoal.
Desvantagens
• Sobrecarga de administração: o proprietário do servidor é responsável pela administração do sistema;
• Maior consumo de energia: a energia consumida por usuário é maior, em média, do que em um modelo onde muitos usuários usam o mesmo servidor, como no / modelo de nuvem SaaS.
• Pobre escalabilidade: o servidor pode funcionar mal ou falhar se seus recursos são fortemente acedidos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

9.4. Intranet

Basicamente, tanto a intranet quanto a extranet são sistemas de rede construídas sobre o modelo da internet, usando os mesmos recursos como Protocolos TCP/IP, para fazer a conexão entre os computadores, HTTP, para mostrar conteúdos e serviços de rede, SMTP, para serviços de e-mail e FTP, para transferência de arquivos. O que diferencia ambas é a forma de acesso.
O que é Intranet?
A intranet é uma rede interna, fechada e exclusiva, com acesso somente para os funcionários de uma determinada empresa e muitas vezes liberado somente no ambiente de trabalho e em computadores registrados na rede. Essa restrição do ambiente de trabalho não é necessária, já que as intranets não são necessariamente LANs, mas sim redes construídas sobre a internet. Em outras palavras, tecnicamente é possível acessar intranets de qualquer computador ligado à internet, caso a mesma também esteja ligada à internet.
Uma intranet é uma versão particular da internet, que pode ou não estar conectada a esta. Essa rede pode servir para troca de informação, mensagens instantâneas (os famosos chats), fóruns, ou sistemas de gerenciamento de sites ou serviços online. Uma intranet pode conectar empregados de uma empresa que trabalham em escritórios diferentes ou pode facilitar a logística de pedidos justamente por interligar diferentes departamentos de uma mesma empresa em uma mesma rede.
O que é Extranet?
Quando alguma informação dessa intranet é aberta a clientes ou fornecedores dessa empresa, essa rede passa a ser chamada de extranet. Se sua empresa tem uma intranet e seu fornecedor também e ambas essas redes privadas compartilham uma rede entre si, para facilitar pedidos, pagamentos e o que mais precisarem, essa rede compartilhada é conhecida como extranet. Ainda, se sua empresa abre uma parte de sua rede para contato com o cliente, ou permite uma interface de acesso dos fornecedores essa rede com ele é chamada de extranet.
9.3.3. Correio electrónico

O correio electrónico foi uma das primeiras aplicações das redes de dados e ainda hoje é uma das aplicações mais usadas. É também, em muitos casos, a aplicação que muitas pessoas começam a utilizar quando se iniciam na Internet.
Para usar o correio electrónico há actualmente dois modos de o utilizar.
Num dos casos recorre-se a um programa chamado agente utilizador que recebe e envia todo o correio, através de um servidor de correio electrónico; esta situação pode ser representada , onde se podem ver quatro computadores pessoais ligados a uma rede local à qual, por sua vez, também está ligado o servidor de correio electrónico. Quando no nosso computador pessoal, após termos preparado uma mensagem a enviamos, essa mensagem é encaminhada do computador pessoal ao servidor, o qual, através da Internet, procede o seu envio para o destinatário. No processo de recepção passa-se de forma inversa. Quando não temos o nosso computador pessoal ligado à rede e nos enviam correio electrónico, as mensagens vão sendo armazenadas no servidor. Ao ligarmos o nosso computador pessoal e ao activarmos o agente utilizador, então todas as mensagens que foram ficando armazenadas no servidor são trazidas para o nosso computador pessoal, onde as podemos tratar.
Para troca de mensagens entre o nosso computador pessoal e o servidor há protocolos específicos, sendo um dos mais populares o POP (Post Office Protocol).
No que se refere ao agente utilizador, onde está instalado o computador que usamos, há alguns muito populares como o Microsoft Outlook, Netscape, Mozilla, os quais têm funcionalidades semelhantes.
Outra maneira de usar o serviço de correio electrónico e através do chamado Web-Mail. É um modo que foi popularizado pela WWW e que consiste, basicamente, em todo o correio estar guardado dado num servidor central que pode ser acedido por meio de um navegador
da Internet, como o Internet Explorer ou o Netscape. Muitos utilizadores usam sistemas como o Hotmail.com, Yahoo.com ou o Megamail.pt, entre outros em que o correio electrónico funciona segundo este paradigma. Este sistema é vantajoso para o utilizador, uma vez que este pode aceder ao seu correio electrónico em qualquer sítio, necessitando apenas de ter acesso a um computados com ligação à Internet.
O sistema Web-Mail é muito vulgar para utilizadores que não têm um local fixo de acesso ao correio electrónico e que querem ter um mínimo de esforço na gestão do seu sistema de correio electrónico. O outro sistema é mais adequado a ambientes empresariais e tem a vantagem de que o correio pode ser tratado localmente no computador pessoal do utilizador, de modo mais avançado e mais flexível, mas obriga a uma gestão um pouco mais complexa do sistema.
Para transferir mensagens de correio electrónico entre servidores foi desenvolvido na Internet um protocolo específico, o SMTP (Simple Mail Transfer Protocol). Através deste protocolo as mensagens de correio electrónico são transformadas num formato específico e levadas do servidor de origem para o de destino.

domingo, 25 de setembro de 2016

9.3.2. Acesso remoto
Quando alguém começa a falar de controlar um computador remotamente, pode ser que venha à sua cabeça algo relacionado com ilegalidade, invasão de privacidade ou hackers. Mas calma aí: vamos mostrar que podem existir muitas utilidades inseridas nesse contexto, para as mais diversas ações profissionais ou pessoais.
Imagine a seguinte situação: um colega seu está com um baita problema no computador, e sua ajuda por telefone não está adiantando muito.
Vocês moram longe e no momento, cheio de tarefas, não dá para se deslocar até a casa de seu colega. Acede remotamente o computador de seu colega e resolva o problema de forma mais fácil.
Você está no trabalho e precisa daquele documento importante salvo no seu computador de casa? Ou simplesmente deixou seu PC ligado e quer controlá-lo ou desligá-lo de outro lugar?
Na empresa, precisa monitorar o que seus subordinados acedem?
O acesso remoto é, basicamente, a conexão entre computadores através da rede, sem necessariamente a utilização dos recursos físicos do computador acessado, como o mouse ou teclado. Esse controle pode ser feito através de uma rede particular ou de uma rede pública, a Internet.
Vantagens e desvantagens do acesso remoto
É fato que a simplicidade de controlo da área de trabalho remota pode facilitar muito a sua vida. Você pode salvar arquivos que seriam muito grandes para enviar por email ou até mesmo aceder coisas importantes que ninguém pode enviar para você no computador de casa, além de ajudar a solucionar um problema de outro computador.
Vale lembrar, porém, que a conexão entre os dois computadores depende da velocidade com a qual eles estão conectados à rede. Você pode aceder rapidamente a área de trabalho do outro computador, mas quase todos os programas de acesso remoto possuem uma interface pesada, o que torna tarefas simples um pouco mais lentas que o usual.
Existe uma série de aplicativos voltados para o acesso remoto de computadores, alguns para redes privadas e outros para redes públicas, ou seja, a Internet. Ao acessar como você já deve imaginar, você pode correr riscos de ter sua conexão interceptada por terceiros. Então recomendamos o uso de softwares diferentes caso você queira acessar computadores na Internet ou dentro da rede.
            Saiba como utilizá-lo a seu favor
            Para o acesso remoto de computadores dentro de uma rede privada, como, por exemplo, a intranet de uma empresa, Ultr@VNC e Real VNC atendem muito bem e funcionam corretamente, porém requerem a instalação em todas as máquinas e configuração de firewall e roteador. O acesso remoto em empresas facilita atividades como suporte, otimizando o trabalho dos profissionais.
            Caso a sua intenção seja acessar remotamente um computador que não está na sua rede privada, você pode utilizar as ferramentas LogMeIn ou CrossLoop, que não exigem configuração de roteadores e firewalls, porém contam com uma gama menor de recursos.
            Ao não exigir configuração de firewall, você se protege de invasões de terceiros. Geralmente, após a instalação dessas ferramentas, você cria um código de acesso para controlar remotamente o outro computador.
            As duas últimas ferramentas são voltadas para serviços de suporte, permitem controle do computador acessado, mas a execução de programas pesados como editores de imagens ou jogos fica complicada. 
Não é coisa de outro mundo
Uma tendência muito forte da tecnologia ultimamente tem sido a “virtualização” de aplicativos e arquivos, ou seja, o acesso remoto online a tudo isso. No uso doméstico de computadores, não estamos familiarizados com esse conceito, mas no mundo corporativo tem sido uma tendência muito crescente.
Muitas empresas centralizam seus aplicativos mais utilizados e arquivos em um servidor acessado remotamente pelos usuários através de seus computadores, facilitando o gerenciamento de dados e circulação de informações.
Essa tendência é chamada pelos especialistas de Cloud Computing, computação em nuvens, por assim dizer. A “nuvem” seria, na verdade, a Internet, onde estariam disponíveis todos os serviços necessários, como aplicativos e ferramentas mais utilizadas e hospedagem de arquivos, independente do sistema operacional que a acessa.
Podemos encontrar um exemplo da tendência de virtualização de serviços no XP Mode programado para estar presente no Windows 7. O XP Mode é uma máquina virtual que funciona como um emulador, através de um servidor online para compatibilidade entre os aplicativos do Windows 7 e XP.
Ou seja: você pode abrir qualquer programa do Windows XP através de um ambiente virtual, dentro do Windows 7.
No final das contas...
Acessar remotamente um computador pode ser muito útil, principalmente em casos de suporte técnico ou acesso ao seu próprio computador a partir de outro local. Os programas citados são ferramentas  gratuitas e seguras que permitem o acesso somente com autorização do computador acessado quando configurados corretamente.
Softwares como o Ultr@VNC e Real VNC, por exigirem configuração de roteadores e firewalls, são indicados para usuários com conhecimento em redes, enquanto o LogMeIn e CroosLoop atendem às necessidades de usuários mais inexperientes, podendo responder em casos mais simples.
Partilha de Recursos (Partilha de ficheiros, Partilha de impressoras e Partilha de Internet). Poderá ser encontrado em: Manual SEAC 2016 - Compartilhar recursos

9.3. Comunicação
O número de aplicações que se suportam na Internet é muito vasto mas a compreensão da sua natureza e da sua arquitectura pode ser entendida estudando unicamente um conjunto limitado destas.
Assim iremos analisar alguns dos principais protocolos aplicacionais da Internet abordando também, conforme adequado, o modo como é concretizada a sua utilização nas organizações.

9.3.1. FTP
A transferência de ficheiros foi a primeira grande aplicação que despertou o interesse dos engenheiros das primeiras redes de computadores. O objectivo das primeiras redes de computadores era transferir dados existentes num computador para outro, localizado num local distinto, de modo eficiente, evitando assim o transporte de dispositivos de armazenamento, como as bandas magnéticas.
Trata-se de uma aplicação em que os ficheiros são directamente transferidos entre o computador que tem o ficheiro e o computador para onde o queremos copiar. É uma aplicação que se enquadra no paradigma par-a-par (peer-to-peer) e que foi vulgarizada, por exemplo, pelo programa Kazaa.
            Este protocolo permite a transferência de dados ou ficheiros entre computadores, mesmo com sistemas operativos diferentes como o Linux e o MacOS. O ‘ftp’ é também um comando que permite a ligação de um cliente a um servidor FTP de forma a transferir dados via Internet ou Intranet.
9.1.2. Placas de rede
Fonte: Gouveia, João e Magalhães, Alberto: Redes de Computadores, FCA – Editora de Informática
Placas de Rede
A placa de rede é a interface que liga o computador à rede. Este dispositivo é o que facilita a ligação física, eléctrica e electrónica ao cabo de rede. Quando se escolhe uma placa de rede deve-se ter em conta o seguinte:
o   Velocidade: Ethernet (10 Mbps) ou fast Ethernet (100 Mbps);
o   Tipo de ligação de acordo com a topologia da rede: RJ-45 para par trançado, ou BNC para o cabo coaxial;
o   Tipo de interface com o computador: ISA, PCI ou mesmo PCMCIA no caso de computadores portáteis.
Velocidade
Uma placa Ethernet deve ser usada em conjunto com um hub Ethernet ou switch Ethernet, assim como uma placa fast Ethenet deverá ser usada com hub ou swicth Ethernet.
No entanto, actualmente essa opção não se coloca, já que as actuais placas de rede são de 10/100 Mbits, isto é, de acordo com o dispositivo concentrador a que se ligam, elas trabalham a 10 ou a 100 Mbits, e essa alteração é automática, o mesmo acontecendo com esse dispositivo, caso ele suporte também duas velocidades.

Conteúdos a estudar: Hubs, Switches, Bridge, Router, Gateway, Regras de montagem de rede, Planeamento e Instalação da rede.
9.1.1. Meio físico

Apesar do crescimento das redes wireless, seja em rádio frequência ou infravermelhos, mas principalmente em rádio a frequência, a esmagadora maioria das redes estabelece a comunicação através de um meio físico, seja ele o fio de cobre ou fibra óptica.

Vamos em seguida analisar os três tipos principais de cabos usados nas comunicações de rede: cabo coaxial; cabo em par entrançado e fibra óptica.
CABO COAXIAL
O cabo coaxial é composto por um condutor central, em cobre, envolto por isolamento plástico e uma malha metálica, tudo isso envolto num isolamento em PVC ou teflon.
Este cabo tem várias especificações, sendo a mais usada conhecida como Thin Ethernet, Thinnet ou ainda RG-58.
Com esse tipo de cabo, usamos conectores BNC para ligar as estações ao cabo; este cabo é usado nas redes de topologia em barramento, tem uma impedância de 50 Ω.
O conector BNC, composto por um corpo central com uma pino onde se liga o fio de cobre interno do cabo coaxial; esse corpo interno é envolto por uma segunda camada metálica onde é ligada a malha do cabo.
O processo de ligação nos postos é feito da seguinte maneira: cada posto tem uma placa de rede com um conector BNC fêmea; nessa ficha colocamos um derivador em “T” ou “Y”, onde vamos ligar os segmentos de cabo de modo a completar a nossa rede. Podemos ver um exemplo das ligações na figura 1.30. Nas extremidades do cabo coloca-se um conector especial chamado terminador. Como já referimos anteriormente, o terminador tem uma resistência de 50 Ω entre o pino central e o corpo exterior do conector.
No cabo coaxial o sinal atravessa o cabo de uma ponta à outra, quando o sinal alcança o extremo do cabo, retorna através do caminho que acabou de percorrer. Isto faz com que se crie um “eco”, o que torna a comunicação impossível.
Para evitar isso, coloca-se o terminador em cada uma das extremidades do cabo de modo a absorver o “eco” indesejado. Também é desejável que um dos terminadores esteja ligado à terra, mas somente um deles, já que a ligação dos dois poderá criar um loop de terra, o que poderá provocar comportamentos estranhos na rede.
DESVANTAGENS
  • Necessita de manter a resistência constante, através dos terminadores;
  • Se o cabo se danificar, ou o “T” de ligação estiver com um mal contacto, a rede falha;
  • A blindagem é feita com a malha do cabo, que deverá estar ligada em todos os terminais, ocasionando diferentes potenciais eléctricos. A blindagem acaba por funcionar como uma antena, captando ruído de rádio frequência;
  • É um cabo muito pesado e de difícil instalação;
  • Terminais e conectores caros, e valor por metro do cabo mais elevado.


CABO DE PARES TRANCADOS
O cabo de pares entrelaçados consiste em vários fios de cobre isolados, entrançados aos pares. Por sua vez, esses pares entrançados são cobertos por um isolamento. Existem dois tipos de cabos os UTP (Unshielded Twisted-Pair) e os STP (Shielded Twisted-Pair), sendo o mais vulgar o UTP.
Este cabo tem os pares entrançados para minimizar os efeitos das interferências electromagnéticas normais quando cabos que transportam sinais electromagnéticos se encontram muito perto uns dos outros, além de que também serve para minimizar os efeitos de interferências externas.
Este cabo divide-se em várias categorias que vão desde a categoria 1 à categoria 6, sendo a mais usual a categoria 5, ou Cat 5 como é mais vulgarmente conhecida. O cabo UTP Cat 5 está desenhado para suportar velocidades de transmissão até 100 Mbps enquanto que o Cat 6 foi pensado pata velocidades até  1 Gbps. No entanto, com os avanços essas barreiras podem ser ultrapassadas.
Para ligar o cabo UTP usamos conectores do tipo RJ (Registered Jack), sendo neste caso o RJ-45. O RJ-45 tem 4 pares, ou 8 fios.
Existem dois tipos de ligações que podemos efectuar com o cabo de pares entrançados: o straight cable e o Crossover.
O straight cable, ou cabo directo, serve para ligar os computadores aos concentradores da rede, como os hubs, switches ou routers, e as duas pontas têm de ser feitas com a mesma sequência de cores.
(Continuaremos essa matéria numa próxima oportunidade.)

domingo, 10 de abril de 2016

Lição 4 e 5 - 1. Implementação de rede (continuação); 1.1. Meios físicos

Algumas vantagens em implementar uma rede.

a) Manter apenas uma impressora em um Departamento;
b) Compartilhar e controlar o excesso à internet, ao invés de conexões em cada computador;
c) Trocar mensagens entre computadores, mesmo que estes estejam em locais (distintos) distantes.
d) Disponibilizar dispositivo sem fio utilizando uma rede wireless e automatizando processos internos como controle de estoques e produção industrial;

Uma rede de computadores pode aumentar sensivelmente a produtividade, o nível de serviço prestado aos clientes devido a troca rápida de informações entre seus utilizadores.

Outra vantagem é que a redução de custos em empresas, porque o uso das linhas telefônicas, o uso do papel e o próprio tempo são reduzidos.

Para haver benefícios em uma rede de computadores é necessário criar uma estrutura física, ou seja, o necessário para que à comunicação de dados ocorra entre computadores.

As redes físicas variam dependendo da quantidade de computadores interconectores e da distância entre computadores.

Consideremos uma rede simples, uma rede até sem computadores distribuídos na mesma área, basicamente ela é formada por:
1) Cabos, conectores, tomadas, etc;
2) Equipamentos de rede (hub, swiths e roteadores);
3) Placas de rede (periféricos integrados ao computador).

As redes eram construídas a partir de coaxias de 50 hms. Hoje são construídos apartir de cabo de par trançado em blindagem, distribuído geralmente na topologia em estrela com um equipamento de rede central.

Os cabos de par trançado são categorizados de acordo com a frequência máxima que suportam.

Categoria 1: Voz;
Categoria 2: Dados à quatro (4) Mbps;
Categoria 3: Transmissão até 16 Mbps, dados até 10 Mbps (Ethernet).

No sistema de categoria cinco (5) por exemplo deve utilizar não só o cabo nesta categoria, mas também os conectores, tomadas e painéis na mesma categoria. O cabo de par transado é um tipo de cabo que não deve ser instalado juntamente com cabos eléctricos. A distância entre um computador e um equipamento de rede não deve ultrapassar 100 metros (m), porque este tipo de cabo não possuí proteção contra ruído.

Prox. lição: Estudo do conector RJ-45. (11-03-2016)

Lição 3 - Introdução ao estudo de implementação de redes

bps - bits por segundo é a velocidade de fluxo de informação digital.

Gbps - Gigabits por segundo -> 10^9 bits por segundo.

1. Quantos bytes há em 8.589 bits?
2. Quantos Megabits por segundo há em um (1) Gigabits por segundo?

Lição 1 e 2 - Breves considerações sobre a disciplina

Os computadores modernos são digitais.

As memórias costumam a ser organizadas de maneira que as operações de leitura e escrita são feitas com quantidades de um byte ou um múltiplo de byte os bytes possuem oito (8) bits.

Um bit representa dois valores, um (1) e zero (0), um byte é um número ordinário de oito (8) algarismos.

Apresentação da disciplina

Introdução

Esta disciplina incluída na componente técnica, tecnologias e prática do Curso Técnico de Informática justifica-se enquanto suporte de conhecimentos sobre as origens e funcionamento do computador. Esta disciplina destina-se, ainda, a prover os alunos dos conhecimentos teóricos e práticos no âmbito dos sistemas operativos multi-utilizador.

A disciplina de Sistemas de Exploração e Arquitectura de Computadores (SEAC), na 12ª classe, pretende alargar os conhecimentos ao nível da implementação e configuração de redes de computadores e das ferramentas de trabalho colaborativo.

SEAC na 112ª classe tem como objectivo principal formar os alunos para a implementação e configuração de redes de computadores, bem como para o conhecimento das principais características das ferramentas de trabalho colaborativo.